"O Passado" de Hector Babenco (2007)
Com Gael Garcia Bernal, Analía Couceyro, Ana Centelano.
Sinopse: Um casal se separa amigavelmente depois de 12 anos de casamento e, no passar do tempo, apesar de Rimini (Gael) conseguir viver sua vida, Sofia (Analía) fica presa ao passado.
Rimini e Sofia fazem um belo casal, jovem e aparentemente feliz. Numa festa, Sofia anuncia que ela e Rimini estão se separando, mas continuam amigos. Começam então a dividir o que foi dos dois nos anos de casamento. Rimini se muda, recomeça sua vida, conhece Vera, uma modelo de lingerie ciumenta, e Sofia liga, persegue, quer continuar próxima de Rimini. Ele a evita. Sofia entra em paranóia, quer o ex de volta, ou seja, quer o que é melhor para ela. Rimini também, mas com outras pessoas, em outras situações.
O filme se desenvolve com Rimini procurando outras mulheres e algo com que se firmar. Sofia o persegue, sequestra, invade sua vida. A destrói. No fundo do poço, Rimini concede à Sofia o fim que ela precisava e resolve a problemática do passado e da sua falta de memória.
Pontos positivos: Perceber que sim, as mulheres são loucas. O fim de relacionamento, principalmente aqueles que acabam sem um ponto final de verdade, podem levar a coisas muito além do racional. A direção de Babenco abordou isso com muita seriedade, e Analía como a Sofia desnorteada pela falta de atenção e do tal "fim" do relacionamento com Rimini, foi brilhante.
Pontos negativos: A partir do fim do casamento com Carmem, o filme perde o rumo. Rimini sai de Náufrago/junkie/porco a Rocky de academia em 5 minutos. Provavelmente Babenco quis ser fiel ao livro que deu origem ao filme, e se deu mal. Se ele tivesse cortado isso tudo e focalizado na relação Rimini-Sofia, o filme seria brilhante.
Muitos personagens, quase nenhuma explicação. "Quem é esse cara?", perguntei umas 3 vezes. Desnecessário tantas entradas e saídas.
E o Rimini, pobre coitado, era um mosca morta. Precisava de mais presença... desculpe, Gael, mas só a sua carinha linda não era suficiente.
Enfim, se tiverem escolha de ver outro filme non-blockbuster, não vejam "O Passado". Só se quiserem ver que as mulheres e os homens vêem o fim do relacionamento de formas bem diferentes. Se já tiverem percebido, passem longe. A não ser que ver o Gael seja bem mais interessante (para mim, foi).
Até a próxima.
6 comentários:
excelente critica... gostei da ironia com o gabriel...vamos ver se na próxima ele use o talento!!!
abs
ele é talentoso, mas a direção e a falta de sentido de certa parte do filme pôs tudo por água abaixo.
o filme perde completamente o sentido depois que a criança é sequestrada pela ex-mulher louca.
e porra, professor de academia assim do NADA?
me poupe!
Fiquei até triste agora... Achei que esse filme era bom! Mas o Gael... ai ai...
Adorei isso que você disse: "O fim de relacionamento, principalmente aqueles que acabam sem um ponto final de verdade, podem levar a coisas muito além do racional". É a pura verdade da vida!
Bom saber... Na verdade não sei nada sobre esse filme ainda... vamos ver se assisto!
Uma bela análise. Com certeza um filme precisa muito mais do que rostinhos bonitos para ser interessante. Infelizmente hoje em dia vemos cada vez mais isso por ai.
Comentário suuuuuper tardio.
Realmente o filme perde o nexo, depois do sequestro da criança.
O professor da academia é amigo do pai do Rímini. O cara quis dar uma cortada no livro que chega num certo ponto enrola mesmo.
Do mesmo jeito no inicio o quadro que eles olham, os dois são fãs daquele pintor, ela espera ele na frente do museu para uma exposição desse mesmo pintor, que aparece em muitas páginas do livro, dando um pouco mais de sentido na historia.
Até a mulherzinha q ele comeu na academia tinha um quadro desse pintor em casa. A intenção foi boa.
Mas o livro não é de leitura rápida e com certeza, se Babenco fosse super fiel ao livro teríamos 5 horas de filme. kkkkk
mas que ele podia amarrar algumas pontinhas da historia podia né?
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