Com a internet, há tempos eu ando um pouco out da programação da TV.
Quase tudo que me interessa eu tenho ao alcance de um clique e de uns downloads.
Filmes, discos, seriados e até programas de TV, por que, não?, estão mais perto e acessíveis que nunca.
Se eu perdi na TV, basta uma youtubada e está tudo resolvido.
Não vou dizer que não assisto, até porque eu gosto de televisão. Gosto de ver pra perceber o quanto a gente muda e começa a ver defeitos em séries, novelinhas repetitivas, malhações intermináveis, e até mesmo em textos jornalísticos que se repetem ao longo dos anos.
Mas não é só pra ser chata que ligo a TV. De vez em quando zapeio perdida no horário e paro em coisas que amo tipo Chaves e o trágico seriado Arnold, ambos no SBT.
Mas essa semana, sabe Deus que dia, zapeando, parei no Futura. Descobri que eles estão exibindo especiais sobre o Chaplin.
Confesso que, na prática, eu não sabia nada sobre Chaplin. Mas calma, gente.
É claro que todo mundo que tem o mínimo de gostinho por cinema sabe quem ele foi, o que ele fez, o tanto que ele significou. Mas eu era bem leiga no sentido prático da coisa, de assitir aos filmes, sabe?
Sem ver filmes, me restava a imagem que tenho guardada da minha infância de um quadro do Chaplin e um cachorro na parede da minha avó. E eu sempre quis trazer aquele quadro pra casa....
Mas nunca é tarde.
A gente sempre quer ver tanta coisa, ler tanta coisa, e nesses tempos de tanta informação e tantas ferramentas nas mãos, a gente acaba se perdendo e outras obras furam nossa extensa fila.
O ponto é que ontem, graças ao Futura, eu vi meu primeiro filme do Chaplin.
E não foi só isso.
Eles exibiram antes do filme uma espécie de documentário com depoimentos dos filhos, de diretores e atores influenciados pela arte de Chaplin.
E meu primeiro filme dele foi seu primeiro longa com falas: O Grande Ditador, de 1940.
Gostei tanto do que vi, e fiquei tão curiosa com as cenas que o documentário exibiu antes do filme que hoje baixei e assisti ao meu segundo filme do Chaplin, e certamente um dos mais lindos e melhores que vi na vida: O Garoto (The Kid, 1921)
Não vou entrar muito em detalhes pra não perder o sentimento, mas destaco três momentos
mágicos, únicos:
- a cena de desespero do garotinho no caminhão do orfanato suplicando pelo pai;
- o olhar do chaplin, imóvel, ao perceber que perdeu seu garoto;
- e a cena de reencontro deles com um beijinho lindo.
E certamente não sou a única a perceber as exclusividades dessas cenas, tanto que achei as três juntinhas no mesmo vídeo pra mostrar a vocês.
Lindo, lindo, lindo!
Até o dia 25 o Futura vai continuar exibindo Chaplin. Mas não sei nada sobre horários.
Fiquem zapeando como eu que, de repente, vocês absorvem coisa boa da TV.
O Garoto é exatamente o que diz a frase no começo da película, e que transcrevi no título. Impossível ser mais descritivo que isso.
E eu que nunca tive um top five, acho que vou começar um agora.
E O Garoto vai pro topo.
2 comentários:
"Tudo" que sei sobre ele foi por causa da faculdade. Aulas de sociologia e tal. Nunca parei pra ver nada realmente, mas sei que quem vê adora.
Considero Chaplin um dos meus ídolos "pravida". E "O Grande Ditador eu acho a obra mais incrível dele por duas razões: meu gosto por paródias (nucna vi representações de Hitler e Mussolini tão incriveis quanto aquelas!) e, como em todos os outros filmes dele, como ele influenciou PACA outro grande ídolo meu: ROBERTO BOLAÑOS, vulgo Chespirito.
Aliás, um dos maiores gostos do Chespirito era em imitar o Chaplin, como ele já fez em várias esquetes do programas dele, lembra? Aliás, os dois nomes começam com CH, hmmm...
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