Olá, linfócitos e Lactobacilos vivos! Essa é a minha estréia, e, como vocês poderão perceber com o passar do tempo, essa é minha ausência. Ausência porque, diferente de meus amigos dessa blogosfera, eu tenho imensa dificuldade de começar um texto. Logo, tenho absurda dificuldade de terminar um também.
A demora em minha postagem inicial se deu exatamente por isso. A idéia correndo na mente, tudo esquematizado em tópicos, cronogramas, planilhas mentais do Excel neurológico, mas na hora H, nada. Cartão vermelho para minha criatividade já capenga e idosa. Ficar horas e horas sentado a frente desse monitor, queimando minhas retinas, construindo primeiros parágrafos eternos na esperança de uma idéia original que nunca vem. Esse é o desafio. E eu o assumo.
Sempre fui blogueiro de fim de semana, escrevendo textos pessoais ou expressando opiniões contraditórias sobre o que me dá na telha, e esses vasos linfáticos que percorro agora me parecem perfeitos para tal ato. Perfeitos porque se internet conota liberdade, o Linfa é não só uma democracia anárquica como também um lar feito por pessoas que de tão diferentes tornam-se uníssonas em suas diversidades. Nesse enfoque, ao me inserir no contexto, sinto-me privilegiado e solidário a causa de comunicar sem preocupações formais, sem fronteiras e de maneira espontânea.
Viram o que acabei de fazer no último parágrafo? Enrolei. Porque o temor da página em branco bateu como um ataque de pânico de quem não sabe como dizer o que quer dizer. Aposto que grandes escritores sofrem também desse mal, assim como os medíocres (no qual me incluo), mas ainda sim é constrangedor ter tantas teclas sob meus dedos, tantas palavras em nosso vocabulário vasto e não conseguir juntá-las em uma única frase dotada de sentido. Períodos tenebrosos surgem como resultado e me arrependo de ter começado dizendo “olá”, já pensando em apagar tudo e reescrever desde o início.
Parafraseando Mano Brown, “mas não. Permaneço vivo! Não sigo a mística. 27 anos contrariando as estatísticas.” Estou aqui buscando algo que não sei bem o que é. Era pra ser uma apresentação e se tornou um “qualquer coisa” de quem tem medo de fazer qualquer coisa. Um texto forjado em aço maleável em busca de lapidação, sem brilho ainda, dádiva dos melhores, um texto cru, sentimental talvez, mas verdadeiro, de quem estará por aqui com vocês para dizer exatamente o que vim dizer depois de tantos rodeios. Esse sou eu, espero que gostem e muito obrigado pelos peixes.
2 comentários:
BIENVENIDO. o/
O ritmo aqui é este mesmo, "vagaroso", no tempo da vida biológica da Terra. Porque Ler e Escrever é ter Tempo.
Bem vindo, little poet!
(L)
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