Em um reino muito antigo, vivia um casal real que anseava um filho ou uma filha. Um dia eles tiveram uma menina de pele tão alva que seu pai resolveu lhe dar o nome de Branca, mas a sua mãe queria que se chamasse Neve. Os dois entraram em um consenso e a criança se chamou Neve Branca. Os povos bárbaros do local, tendo em sua língua os adjetivos antes dos substantivos, a chamavam de Branca Neve ou Branca de Neve. Depois de um tempo, a Rainha morreu e o Rei se casou com outra mulher. Logo depois foi o Rei quem veio a falecer e Branca de Neve ficou aos cuidados de sua madastra, que por conta de seu ciúme doentio pela beleza da albina, a obrigava a fazer todo o serviço pesado do castelo. Além deste recalque, a madastra era extremamente narcisista e tinha um espelho mágico para o qual perguntava todo dia "espelho, espelho meu, existe mulher mais bonita que eu?". O espelho sempre respondia: "Não existe mulher mais bonita que tu", lhe dando orgasmos múltiplos.
Até que um dia, a madastra fez a pergunta corriqueira ao espelho e este lhe respondeu: "Não há mulher mais bonita neste mundo que a princesa de nome redundante". Isso a enfureceu a tal ponto que ela mandou um de seus caçadores levar a jovem sem melanina para o bosque, matá-la e pegar seu coração como prova do ato. O caçador teve pena da princesa e, em troca de uma rápida felação, a deixou viver, levando o coração de um cervo para dizer à rainha que era o da princesa-sorvete.
Sem rumo, Neve Branca vagou sem rumo pela floresta até achar uma casa muito pequenina. Ela a adentrou agachada e viu que tudo era muito pequeno também, dos móveis aos utensílios. Branca de Neve juntou quatro camas pequeninas, se deitou e dormiu tranquilamente. Quando acordou, viu sete anões assustados. Ela explica quem é e os pequeninos a deixam ficar ali.
A madastra, através de seu espelho X9, descobriu que a princesa ainda vivia e, disfarçada de velhinha fofa, lhe entregou uma maçã com cianureto. Neve Branca, lesada como é, comeu o fruto e morreu. Os anões deixaram o corpo em um caixão de vidro no meio da floresta, como é de costume naquela região. Um príncipe, vendo aquele corpo inerte dentro do vidro, o beija na face. O corpo continuou imóvel. O príncipe lhe beijou os lábios macilentos. Nada ocorreu. O príncipe a beijou seguidas vezes e nada. O príncipe intensificou suas carícias, mas o corpo de Branca de Neve continuou gélido como seu nome. O príncipe se tocou que o amor, apesar de ser forte, não é uma vara de condão e foi embora, frustrado. Os anões, com água na boca, pegaram o corpo e o levam para sua casa, a fim de saciarem seus fetiches mais obscuros.
Rapunzel foi criada desde pequena pela sua madrasta bruxa. Não por uma bruxa, mas pela madastra bruxa. Qual Bruxa era, não sei, mas que era, era.
Rapunzel era a menina mais bonita do mundo. Como a sua tutora era ciumenta, ela a deixava trancada no alto de uma enorme torre sem portas e com apenas uma janela. Todas as manhãs, quando a Bruxa ia visitá-la, berrava do chão:
- Rapunzel! Ó minha bela! Solta a trança à janela!
E a velha subia pelos quilométricos cachos loiros de Rapunzel. Certo dia, um príncipe que passava pelo local viu esta cena e pensou: "Ih, eu vô!". Esperou anoitecer e, imitando a voz da Bruxa, berrou:
- Rapunzel! Ó minha bela! Solta a trança à janela!
Os cachos chegaram até o chão e o príncipe subiu por eles. Rapunzel, o vendo adentrar em sua alcova, entrou em pânico. O príncipe explicou que se apaixonou pela sua voz desde a primeira vez que a escutou e que desejava desposá-la. Ela, deslumbrada com aquelas palavras, abraçaou o príncipe e pediu para que ele a livrasse do cativeiro. Rapunzel cortou as tranças, as prendeu em um gancho à janela e desceu junto do príncipe. Rapunzel estava livre! Mas...
Rapunzel não conseguiu se locomover na mesma velocidade que seu futuro marido. Ela não estava acostumada a andar distâncias mais longas que da cama até a janela. Sua visão também lhe ludibriou. Tudo lhe era enorme, assustador e disforme, já que do alto da torre, tudo lhe era pequeno, longe e simétrico. Todos os seus sentidos se confundem. Rapunzel suou, babou, teve cecê, bafo e chulé. Rapunzel sentiu fome e dor, coisas que nunca sentiu do alto da torre. Rapunzel também sentiu a perversidade humana em todos os seus aspectos quando passou pela cidade. Rapunzel viu, em menos de duas horas, tudo aquilo que a sua torre a alienava. Rapunzel não gostou do mundo de fora da torre e das responsabilidades de ser livre. Rapunzel achou que a ignorância é uma bênção e voltou para a torre. Aliás, o corpo esguio e curvilíneo de sua madrasta lhe parece muito mais atraente que o do imponente príncipe...
Chapeuzinho Vermelho andava pelo bosque levando doces para sua querida avó. Chapeuzinho Vermelho se pergunta porque está levando doces para a sua querida avó, já que ela mora tão longe de sua casa e ela ainda corre o risco de ser sodomizada pelo Lobo Mau. Chapeuzinho Vermelho, após refletir bastante, se dá conta que o ato de levar doces para sua querida avó é uma submissão cultural imposta pela Tradição para que ela cumpra atos que acha degradantes apenas com o fim de se tornar aceita na comunidade das netinhas boazinhas que levam doces para as suas avós. Chapeuzinho Vermelho decide não levar doces para a sua avó. A comunidade local estigmatiza Chapeuzinho Vermelho como a "menina má que não leva doces para a sua avó" e a expurga do vilarejo, impedindo que ela use o Chapéu Vermelho do Clã das Chapeuzinhos Vermelhos. A ex-Chapeuzinho Vermelho forma, junto com o Lobo Mau, a Sociedade do Capuz Negro. O grupo se especializa em táticas de guerrilha e invade o vilarejo com a finalidade de instaurar um governo que preze a liberdade de expressão. A guarda vai às ruas. Mangueiras de incêndio, bombas de fumaça e gás de pimenta tomam conta da praça principal. Milhares de pessoas são presas. O Lobo Mau é levado aos quartéis do vilarejo e é torturado até que diga o paradeiro da ex-Chapéuzinho Vermelho. Enquanto isso a vovó da ex-Chapeuzinho Vermelho continua em sua casa, tecendo seu tricô e cheirando uma carreirinha de açúcar refinado, por conta da abstinência de glicose.
Até que um dia, a madastra fez a pergunta corriqueira ao espelho e este lhe respondeu: "Não há mulher mais bonita neste mundo que a princesa de nome redundante". Isso a enfureceu a tal ponto que ela mandou um de seus caçadores levar a jovem sem melanina para o bosque, matá-la e pegar seu coração como prova do ato. O caçador teve pena da princesa e, em troca de uma rápida felação, a deixou viver, levando o coração de um cervo para dizer à rainha que era o da princesa-sorvete.
Sem rumo, Neve Branca vagou sem rumo pela floresta até achar uma casa muito pequenina. Ela a adentrou agachada e viu que tudo era muito pequeno também, dos móveis aos utensílios. Branca de Neve juntou quatro camas pequeninas, se deitou e dormiu tranquilamente. Quando acordou, viu sete anões assustados. Ela explica quem é e os pequeninos a deixam ficar ali.
A madastra, através de seu espelho X9, descobriu que a princesa ainda vivia e, disfarçada de velhinha fofa, lhe entregou uma maçã com cianureto. Neve Branca, lesada como é, comeu o fruto e morreu. Os anões deixaram o corpo em um caixão de vidro no meio da floresta, como é de costume naquela região. Um príncipe, vendo aquele corpo inerte dentro do vidro, o beija na face. O corpo continuou imóvel. O príncipe lhe beijou os lábios macilentos. Nada ocorreu. O príncipe a beijou seguidas vezes e nada. O príncipe intensificou suas carícias, mas o corpo de Branca de Neve continuou gélido como seu nome. O príncipe se tocou que o amor, apesar de ser forte, não é uma vara de condão e foi embora, frustrado. Os anões, com água na boca, pegaram o corpo e o levam para sua casa, a fim de saciarem seus fetiches mais obscuros.
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Rapunzel foi criada desde pequena pela sua madrasta bruxa. Não por uma bruxa, mas pela madastra bruxa. Qual Bruxa era, não sei, mas que era, era.
Rapunzel era a menina mais bonita do mundo. Como a sua tutora era ciumenta, ela a deixava trancada no alto de uma enorme torre sem portas e com apenas uma janela. Todas as manhãs, quando a Bruxa ia visitá-la, berrava do chão:
- Rapunzel! Ó minha bela! Solta a trança à janela!
E a velha subia pelos quilométricos cachos loiros de Rapunzel. Certo dia, um príncipe que passava pelo local viu esta cena e pensou: "Ih, eu vô!". Esperou anoitecer e, imitando a voz da Bruxa, berrou:
- Rapunzel! Ó minha bela! Solta a trança à janela!
Os cachos chegaram até o chão e o príncipe subiu por eles. Rapunzel, o vendo adentrar em sua alcova, entrou em pânico. O príncipe explicou que se apaixonou pela sua voz desde a primeira vez que a escutou e que desejava desposá-la. Ela, deslumbrada com aquelas palavras, abraçaou o príncipe e pediu para que ele a livrasse do cativeiro. Rapunzel cortou as tranças, as prendeu em um gancho à janela e desceu junto do príncipe. Rapunzel estava livre! Mas...
Rapunzel não conseguiu se locomover na mesma velocidade que seu futuro marido. Ela não estava acostumada a andar distâncias mais longas que da cama até a janela. Sua visão também lhe ludibriou. Tudo lhe era enorme, assustador e disforme, já que do alto da torre, tudo lhe era pequeno, longe e simétrico. Todos os seus sentidos se confundem. Rapunzel suou, babou, teve cecê, bafo e chulé. Rapunzel sentiu fome e dor, coisas que nunca sentiu do alto da torre. Rapunzel também sentiu a perversidade humana em todos os seus aspectos quando passou pela cidade. Rapunzel viu, em menos de duas horas, tudo aquilo que a sua torre a alienava. Rapunzel não gostou do mundo de fora da torre e das responsabilidades de ser livre. Rapunzel achou que a ignorância é uma bênção e voltou para a torre. Aliás, o corpo esguio e curvilíneo de sua madrasta lhe parece muito mais atraente que o do imponente príncipe...
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Chapeuzinho Vermelho andava pelo bosque levando doces para sua querida avó. Chapeuzinho Vermelho se pergunta porque está levando doces para a sua querida avó, já que ela mora tão longe de sua casa e ela ainda corre o risco de ser sodomizada pelo Lobo Mau. Chapeuzinho Vermelho, após refletir bastante, se dá conta que o ato de levar doces para sua querida avó é uma submissão cultural imposta pela Tradição para que ela cumpra atos que acha degradantes apenas com o fim de se tornar aceita na comunidade das netinhas boazinhas que levam doces para as suas avós. Chapeuzinho Vermelho decide não levar doces para a sua avó. A comunidade local estigmatiza Chapeuzinho Vermelho como a "menina má que não leva doces para a sua avó" e a expurga do vilarejo, impedindo que ela use o Chapéu Vermelho do Clã das Chapeuzinhos Vermelhos. A ex-Chapeuzinho Vermelho forma, junto com o Lobo Mau, a Sociedade do Capuz Negro. O grupo se especializa em táticas de guerrilha e invade o vilarejo com a finalidade de instaurar um governo que preze a liberdade de expressão. A guarda vai às ruas. Mangueiras de incêndio, bombas de fumaça e gás de pimenta tomam conta da praça principal. Milhares de pessoas são presas. O Lobo Mau é levado aos quartéis do vilarejo e é torturado até que diga o paradeiro da ex-Chapéuzinho Vermelho. Enquanto isso a vovó da ex-Chapeuzinho Vermelho continua em sua casa, tecendo seu tricô e cheirando uma carreirinha de açúcar refinado, por conta da abstinência de glicose.
4 comentários:
HAAAAAAAAA! Haja criatividade! Muito bom, meus pensamentos fluiram para longe, looooonge...
Formidável! De verdade!
Sensacional!
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