Vocês irão dizer: o show do Muse foi quarta-feira retrasada (30 de Julho) e você só está postando agora? (Ou coisas piores...). Eu sei, eu sei... Dei uma procrastinada básica, mas não posso deixar de postar sobre o acontecimento. Como diz o ditado, antes tarde do que nunca!
Para quem não tinha assistido ao H.A.A.R.P., o último DVD do Muse, sua presença de palco foi uma surpresa. Eles são absolutamente geniais e intensos ao vivo. O show aqui começou com a Intro do DVD, que, para quem não sabe, é um ballet chamado Dance of the Knights, de Prokofiev. No stage, luzes azuis piscavam no ritmo da introdução. Ninguém ao palco, ainda... Até que a introdução termina e se ouve as primeiras notas de Knights of Cydonia. Gritaria, muita gritaria. A música começa, as luzes do palco se acendem e lá estão eles.
Matthew Bellamy (voz, guitarra, piano) do lado esquerdo, Dominic Howard (bateria) no centro e Christopher Wolstenholme (baixo), vulgarmente conhecido como “o integrante que todos se esquecem” (coitado!) à direita. Detalhe: o Dom estava tocando a bateria de pé! A platéia pula ensandecida, gritando o “ÔÔÔ”. Durante o refrão, aparece a letra no telão, para que todos cantem juntos: “No one's gonna take me alive / The time has come to make things right / You and I must fight for our rights / You and I must fight to survive”. Todos gritando isso foi arrepiante, algo do tipo “Vocês não podem nos deter, pois lutaremos até o fim”.
A seguir, Hysteria (gritos estridentes), sensacional, e a não tão conhecida, porém não menos empolgante, Dead Star. Depois, para mim um dos melhores momentos do show, Map of the problematique (sou obcecada por essa música), seguida da empolgante Supermassive Blackhole (música que ninguém consegue ficar parado quando toca numa festa, a não ser que seja de bodas de ouro; e mesmo assim continuaria apostando nela). Robozinhos dançantes aparecem na tela. Todos começam a surtar nas danças. Incorporo um misto de Barishnikov, rainha do baile funk e disco-freak.
Para contrabalancear a suadeira, Butterflies and hurricanes. No telão, um belo vídeo com cenas do povo e de jovens lutando pela liberdade (Best, you've got to be the best/ You've got to change the world/ And use this chance to be heard/ Your time is now). Comecei a gostar mais dessa música após ouvi-la ao vivo (Isso sempre ocorre com alguma). Assim que terminou, dois jatos de gás carbônico são acionados no palco, fazendo um efeito legal – e surpreendendo os espectadores.
Depois, Sunburn iniciando a sequência de piano. O maravilhoso cover de Nina Simone, Feeling Good (várias pessoas da platéia levaram papel picado e lançaram pro alto durante a música). Uma pequena pausa de alguns segundos e começa o rufar tímido da bateria de Invincible. Eu diria que essa é uma das músicas mais belas do Muse, e eu me apaixonei mais ainda por ela. (During the struggle/They will pull us down/ But please, please/ Let’s use this chance/ To turn things around/ And tonight/ We can truly say/ Together we're invincible). A sensação era essa mesmo, a de que éramos invencíveis, pelo menos naquele momento. Todos levaram as mãos aos céus com os punhos fechados e repetiam as mesmas palavras que Matt gritava no microfone e ressoavam por todo o Vivo Rio.
New Born, muitos pulos e socos no ar, e o mega-single do Black Holes and Hurricanes, Starlight. Todos bateram palmas juntos no ritmo da música (tente em casa: 1 vez - 2 vezes - 1 vez - 4 vezes), num lindo mar de mãos infinito. Then, a sexy e fatídica Time is running out (uma das mais f* ao vivo, sem palavras) seguida de Plug in babe. Balões brancos gigantes são lançados para a platéia.
E, a visceral Stockholm Syndrome para fechar a sequência (nem preciso dizer o absurdo que foi). O Muse se despede e vai embora do palco. Todos gritam pra eles voltarem, como é de praxe em espetáculos. E, após uns 5 minutos (acho), eles ressurgem como Fênix, para um bis com a lírica e eletrônica-espacial, Take a Bow; fechando com chave de ouro.
Atônita, a platéia espera que eles retornem mais uma vez. Um último jato de gás carbônico dá um alerta de que não, eles não iriam voltar. Então, eu e meus amigos decidimos ir embora. Enrolando lá fora, encontrei mais algumas pessoas que nos chamaram pra ir lá atrás, pro estacionamento, com eles porque a banda ia sair. E fomos tietar junto. Depois de uma meia hora, o Muse saiu pra falar conosco. [momento groupie] Ficamos cara a cara com eles, nos inveje! [/momento groupie]. Eles foram extremamente simpáticos e não hesitaram pedidos de fotos e autógrafos. Necessito comentar uma última coisa: a pele do Dom Howard é perfeita!
Créditos das fotos:
- Duas primeiras: Rodrigo Esper
- Última: JPLAGES
4 comentários:
eu só teho a dizer q feeling good fez a minha noite pra sempre! *-*
"a pele do Dom Howard é perfeita!"
Impressão minha ou rolou um afterparty?
Putz, eu tô desatualizada meeeesmo! Outra banda que vou ter que correr atrás pra conhecer!
Beijos, pessoal!
Letícia.
Não, Pu, não rolou afterparty! Infelizmente, heh...
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