"Macho adulto dos caprinos, é um mamífero herbívoro ruminante cavicórneo que pertence à família dos bovídeos, subfamília dos caprinos tendo por designação latina: Capra aegagrus hircus" (Wikipedia). Li também que são animais para clima temperado, montanhas por causa de sua pelugem, pulmões resistentes.
Pois é... Os que vi moram em terra trigueira, cor de brasa. Brasil. Miolo do Brasil. Saí a procura de um em especial mesmo tendo ouvido rumores de que ele era meio arisco, arredio. Malas prontas, livros, caderno em mãos... Fui.
A primeira vez que ouvi falar no Bode estava na faculdade. Uma amiga recomendou: "Ouve isso, acho que você vai gostar. Tem muito a ver com Idade Média". Eu, apaixonada por tempos longínquos, não hesitei. Além do mais, a fonte era muito confiável. Ouvi e ouço até hoje.
Para adentrar um pouco no significado deste artista, levo comigo uma história que interpretei à luz de uma metáfora formada antes mesmo que eu viesse a conhecê-lo.
Ei-la:
Ao chegar na cancela da fazenda do "Príncipe da Caatinga" (como disse Vinicius de Moraes), ficamos eu e meu companheiro de estrada nos perguntando como faríamos para entrar. E agora? Gritar não adiantaria. A casa era longe demais do portão de entrada. Olhamos para o portão e entramos.
Demos os primeiros passos e logo avistamos eles - os bodes. Alguns de cabeça mais lisa, outros com grandes chifres. Alguns olhando pra nós... Aí, paramos. Não sabemos lidar com tais animais no nosso cotidiano. Que fazer? Seguir e arriscar levar umas chifradas ou voltar. Continuamos observando. O do chifre mais longo bateu uma das pernas no chão. Entendemos como sinal: "Parece que ele está marcando território", ao que ouvi: "Não sei se é seguro arriscar seguir em frente, não. Vamos voltar."
Voltamos, olhamos os bodes... Alguns continuavam nos olhando. Meu companheiro decide tocar no vizinho da frente e pedir informações sobre como entrar. Sento à sombra de uma gameleira e continuo fazendo minhas notas. Meio de longe, observo que os bodes vagarosamente retomam o caminho, distanciando-se de nós. Confesso que me senti mais aliviada.
"Ele disse que 'não faz nada, não'. Que os bodes são 'mansinhos'". "Mansinhos ou não", meu companheiro seguiu com um galhinho na mão... Pro caso de sentir necessidade.
Os bodes se distanciando, nenhum deles nos encarando mais. Fizemos uma pausa e entramos. Dessa vez, sem pular.
Alguns passos, já mais perto dos bodes, encontramos um dos trabalhadores da fazenda. Confesso que me senti mais aliviada ainda rs. Aos poucos, nos aproximávamos dos bodes, pois não parávamos para comer. Olhei pro lado, vi o bode de chifres longos. Acho que ele não deve ter notado nem sombra de gente que estivesse perto dele. Confirmei as palavras do vizinho da frente: sim, o Bode era manso. Segui.
P.s: Para conferir:
8 comentários:
Pois o bode a que criaturas urbanas estão acostumadas é de outra natureza...
Na casa de minha vó tem vários.
VALEU que eu chego perto...
Eita Elomar, há quanto tempo não ouvia!
O bode está presente em muitos momentos da história da arte
Marc Chagall, Picasso e aquele artista que fez a instalação com vários bodes pintados (ai memória...)
Sem falar na Bíblia.
Bode no pasto é lindo, difícil é encará-lo na sala.
PS: Tem um tal kazahn aí nos comentários tentando plantar um bode aqui. Deleta que é vírus.
Pu: apaga o KAZAHN e o MALA porque eu não tenho este acesso... Conferi com o Cooliris, é VÍRUS mesmo.
Spoilers apagados.
venooooooooonn..hehehehe metal dos bode dos inferno!!!!!!
hehehehe...e como um capricorniano, pergunto com a o tato de hook hoogan..."q mal tem os bodes?"...hehehehe
quando eu era muleke eu tinha medo do cabra cabrês..de um disco de historinhas q tinha... "eu sou o cabra cabrês se posso pegar um, tb pego três"...rssss
Postar um comentário