Renegados de Gutenberg: Uni-vos!

Jornalismo não pertence apenas aos jornalistas e literatura não pertence apenas aos escritores.


Paráfrases de Ricardo Noblat à parte (A Arte de Fazer Um Jornal Diário - Contexto Editorial), quem nunca se deparou com aquelas revistinhas de tamanhos variados que são vendidas ou distribuidas nos eventos de música independente, nas bancadas dos sebos ou depois de uma abordagem seguida de um "você gosta de poesia?" na saída dos centros culturais do Rio de Janeiro?

O termo Fanzine é atribuído ao americano Louis Russel, que uniu as palavras fan e magazine. Ou seja, um fanzine é uma magazine (revista) feita por fãs de determinado assunto e geralmente rompe com o engessamento de pauta e texto (lê-se: chatice e falta de visão) das publicações mais ortodoxas. Geralmente abordando arte urbana, literatura, música e política, o seu custo de produção é, na maioria das vezes, bancado pelos seus produtores. Nos dias de hoje, onde tudo pode ser comercializado e catalogado como um produto, um fanzine é uma das maiores formas de resistência à simples e pura comercialização da arte e é uma das peças fundamentais da contracultura, inclusive influenciando outras formas de mídia independente, como este blog em que você está.

Mas, como se faz um fanzine? Como ele sobrevive em um país aonde os jovens lêem cada vez menos e, quando o fazem, é através de uma tela que cansa a sua vista e oferece muitos outros artifícios de intertextualidade? Existe fanzine que não seja independente? Existem quantos fanzines no Rio de Janeiro? Será que os fanzineiros se conhecem? É para responder estas perguntas que existe o ZINE-SE: encontro de fanzines, fanzineiros e fãs deste tipo de publicação para discutir, opinar, trocar informações e conhecerem melhor esta arte.

O Zine-se acontecerá nesta sexta-feira 13 de Julho, Dia Internacional do Rock, à partir das 16:00hs no hall (rotunda) do Centro Cultural Banco do Brasil.
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"Be Media" Jello Biafra.