O Poder está em nossas mãos

Resolvi não estragar o momento “celebração da estréia” com nenhuma resenha ou post sobre assunto qualquer- que este sirva de apresentação. Após todo o frenesi e “marketing viral” feito (Puppet está surtando) , cá estamos nós.

Apesar das diferenças, nós desse e-zine (ou “BLOG!”), somos iguais em uma coisa: o desejo de mudança. Devo dizer que não estamos aqui para cooperar em seguir um padrão estético “bonitinho” e te poupar do dark side do mundo (e não “of the moon”). O nosso negócio é ser visceral sem anestesia. Já existe muita mesmice por aí, e o pior de tudo: pessoas achando que isso que se vê é bom, ou aceitável.

O entretenimento é barato e tem cheiro de estrume, mas a maioria tem o nariz entupido e não sente o aroma. Ou será que... sente? Boa pergunta. Eu sempre tento imaginar qual a razão de alguém em sã consciência (as tevês das salas comunitárias dos hospícios e os bêbados e sonolentos que deixam a tv sem querer ligada não contam) assiste a certos programas televisivos esdrúxulos (principalmente domingo à tarde). É tão ruim que nem poderia ser rotulado de trash.

A razão, imagino eu, é que ligar a televisão se tornou o mesmo que respirar: um ato reflexo, que é apertar o botão e se sentir o deus da programação. Pura ilusão, pois a interação não acontece de verdade. É no mínimo curioso o fato de os moldes da mídia de massa serem os mesmos de 20 anos atrás. Será que paramos no tempo? (Não estou falando só de televisão, falo do geral). Mas, Ô loco, meu!... Os culpados por isso somos “nós” (reforce essas aspas) que mantemos a audiência.

É nosso papel mudar a mídia reacionária que nos é distribuída. Nós, os cidadãos desse país e, indo mais longe, desse MUNDO, temos esse papel. O mundo é uma bola que nunca pára de girar (Não, isso não foi uma menção à música do Pelé). A sociedade muda a todo instante, expandindo suas ramificações e criando raízes. Os frutos da mesma são uma conseqüência direta da qualidade do solo e outros fatores.

Precisamos mostrar que o que é exibido é sim de nosso interesse. Não adianta negar: todos nós fazemos parte desse bolo e somos responsáveis pelo futuro. O poder está em nossas mãos (não, não é controle remoto!), e já está mais do que na hora de acordarmos para a realidade que está aí fora, chegando abruptamente em nossas portas- aos socos e pontapés, pisando no tapete persa com os pés sujos de barro.