“A moral é um assunto “entre homens” no qual Deus não mete o nariz.”
(Sartre- Diário de uma guerra estranha)
Dando continuidade, sem pedir permissão ao nosso companheiro Gilberto, e no calor do momento solto algumas frases ...
Somos os culpados!
Não existe bala perdida! Não digo isso por acreditar em destino mas sim por acreditar na frase de J.Romains “ numa guerra não há morte - tirando os que não estão realmente envolvidos- inocente”. No nosso caso estamos todos envolvidos, pois queremos mudanças a curto prazo, queremos colher os louros. E se não for para colhe-los, nos aquietamos e sedemos inférteis em frente ao stéreo.
Falamos muito!
Sinceramente, está tudo tão desvirtuado que a solução esta na desconstrução (conceito já batido vide que já se vem cantando esta pedra, inclusive nas artes , desde a década de 50)
Desulpo-me pela informalidade e falta de “tato gramatical” mas as vezes embelezar com afrescos a realidade, de nada serve.
7 comentários:
éeeeeeeeeeeeeeeeeee!
O meu cometário se refere ao post do Puppet, intitulado "Criamos um monstro", mas pode ser aplicado aqui, já que este se trata de uma continuidade poética do anterior.
Puppet:
Você acertou em cheio ao denunciar que, se a programação da TV tem baixa qualidade, é porque ela encontra na sociedade um mercado que sustenta este tipo de mercadoria para que permaneça por muito tempo a ser transmitido aos nossos lares.
Nós temos o poder de interpretar tudo a nossa volta, e representar algo, ou alguém. É claro que este poder não faltaria aos compoem a parte criadora do material veiculado na TV. O que aparece, então, nada mais é do que uma leitura dessas pessoas sobre o que encontram aqui fora.
A teoria em aputa é a tão mencionada por mim "Teoria das representações socias"
MOSCOVICI, Serge. "A representação Social da Psicanálise". Zahar editores. Rio de Janeiro, 1978.
Fechamos a primeira parte
A segunda, sobre culpar o tempo todo os outros pode ser melhor entendida lendo-se Jofe, H, que trabalhou a teoria acima mencionada em relação à AIDS. O nome de seu trabalho, "Eu não! O meu grupo não!" é incrivelmente esclarecedor. Trata-se de uma pesquisa acerca do que as pessoas entendiam sobre a AIDS quando de sua descoberta. Todos tinham algum conhecimento, à sua maneira, mas ninguém admitia poder ter amigos, parentes, pessoas próximas, com a doença, o que seria algo "feio", "perigoso", "vergonhoso".
JOFFE, H. "Eu não, meu grupo não: representações sociais da AIDS. In: GUARESSCHI, P.; JOVCHELOVITCH, S. (orgs.). Textos em representações sociais. Petrópolis: Vozes, 1994, p.297-322.
Fechamos a segunda parte.
Não podemos nos esquecer, no entanto, que a população permite sim a programação de suas televisões seja de baixo nível, mas as emissoras de TV dispõem dos mais diferentes recursos para propagar e enraizar atis idéias.
Fischer (2002) discute a relação entre mídia, gênero e poder, e anuncia elementos do que ela chama de "Dispositivo pedagógico da mídia".
FISCHER, R. M. B. Mídia e educação da mulher: uma discussão teórica sobre modos de enunciar o feminino na tv. Rev. Estud. Fem. vol.9, no.2 , Florianópolis, 2001. Scielo,
Fecha-se o comentário!
(Comentário?)
Resumindo: estamos todos f* e mal-pagos.
Estou gostando destes encadeamentos textuais. \o/
Com tanta referência assim... Só pode ser acadêmico! rs... Ô do seu Fischer (brincadeirinha rs), tem alguma referência aí que ajuda a explicar que povo é esse que gosta de ver o que vê? Pior, de se identificar com o que vê?? Acho que nem DaMatta resolve!
Não gostamos...mas tb não fazemos nada...rs... e a parte do academico..hum..um dia...tomara...ahahahahaha...é o plano de todo bom ditador...rs
Nós somos um bando de filhos da puta, porque criticamos até não poder mais... Mas no fundo não fazemos merda nenhuma pra mudar, mesmo sabendo que o poder somos nós! É, cacete... Estamos fodidos mesmo.
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